quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O verdadeiro amor lança fora todo medo.


O filme "Escritores da Liberdade" (Freedom Writers, EUA, 2007) aborda, de uma forma criativa e instigante, o desafio da educação em um contexto social problemático e violento. Tal filme se inicia com uma jovem professora, Erin (interpretada por Hilary Swank), que entra como novata em uma instituição de "ensino médio", a fim de lecionar Língua Inglesa e Literatura para uma turma de adolescentes considerados "Desajustados", e membros de gangues.
As primeiras semanas de aula causam em Erin um baque, pois a jovem sonhadora não contava com a realidade vivida por seus alunos. A novata por várias vezes e forma tentou sem sucesso alcançar seus alunos. Após um episódio envolvendo alguns jovens da escola, ela vê nisto uma oportunidade de entrar em seus mundos trancados, ela propõe um diário que só será lido com a permissão deles, distribui livros novos, ainda que sem a concordância da diretora do colégio. Para isso, a educadora busca atrativos para arrebatar a atenção de seus alunos. Mudando completamente a realidade de sala de aula.
Com o passar do tempo, os alunos vão se engajando em suas anotações, trocando experiências de vida, passam a conviver de forma mais tolerante, superando através do amor suas lutas diárias. A sala de aula virou um lugar seguro - frase dita pelos próprios adolescentes.
O filme "Escritores da Liberdade" merece ser visto com louvor, sobretudo pela sua ênfase no papel da educação como mecanismo de transformações. Com essas considerações, vê-se que a educação, como já ressaltaram grandes educadores da estirpe de Paulo Freire, tem um papel indispensável na prática de novas realidades sociais, a partir da conscientização de cada ser humano como artífice de possíveis avanços em sua própria vida e, principalmente,em sua comunidade. Vejamos o que esta professora tem de diferente das outras: ouvi certa vez de uma professora que deveríamos ser movidos por algum sentimento, pra fazer algo além de nossas forças. Ela disse que por amor ou ódio seriamos levados a perfeição. Erin precisa descobrir qual era sua paixão aquilo que a faria se mover com garra até seu objetivo. O amor pela profissão por seus alunos levou esta mulher a vencer barreiras físicas e imaginaria. Ao meu ver, “muralhas” vem ao chão através do amor, ele convencem de que nenhum obstáculo é difícil para que seus objetivos sejam alcançados.
A metodologia utilizada pela novata tem muita proximidade com uma experiência que tive no período passado com estagio I. A escola era uma escola noturna de alunos de conduta duvidosa, mas com uma diferença a diretora dava e dá todo o respaldo para um bom trabalho, a grande maioria dos professores acham que aqueles alunos não vão a lugar nenhum, outras, como a professora que estagiei na sala dela, acha o contrario, acha que só depende da forma com que o conteúdo é passado para eles. Nas aulas dela tinha um diferencial os alunos permaneciam em sala sem faltarem, o rendimento era melhor, havia respeito e muito diálogo.
Sinto que o verdadeiro amor aliado à criatividade e um pouco de esforço pode mudar histórias.

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